Pesquisa revela quais carreiras melhor remuneram os estagiários no país

Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios, realizou a mais recente Pesquisa Nacional de Bolsa-Auxílio. O levantamento é feito desde 2008. Neste ano, mostrou um aumento de 4,02% do resultado geral em 2019, quando comparado aos dados de 2018. Portanto, a média nacional ficou em R$ 1.007,06.

O estudo utiliza como base o período de janeiro a dezembro do ano passado e contou com a participação de 72.402 brasileiros.

Há uma diferença de 8,8% em relação ao desempenho dos estagiários homens em relação às mulheres. O público masculino retira mensalmente R$ 1.057,40, enquanto o sexo oposto, R$ 964,23.

A região Sul continua como a mais bem paga, com R$ 1.136,80. Centro-Oeste (CO), antes ocupando a segunda posição, deu lugar ao Sudeste.

Em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, a média foi de R$ 1.007,89. Nordeste também ultrapassou CO com uma diferença de menos de um real: R$ 981,18 e 980,73, respectivamente. No Norte, o resultado ficou em R$ 776,62.

Para estudantes de nível superior, a média foi de R$ 1.138,28, número 3,8% maior quando comparado ao resultado divulgado em 2018, de R$ 1.095,89. Os tecnólogos também tiveram um aumento: foi de R$ 1.003,23 anteriormente para R$ 1.040,52.

Uma novidade para este ano é a estatística para quem está cursando uma pós-graduação. Para esses, o recebimento médio é de R$ 2.115,68 a cada 30 dias. Houve crescimento de 3,5% para o ensino médio técnico, ficando em R$ 796,61.

Os estudantes do nível médio receberam R$ 651,48, crescendo 3,2%. Aos matriculados no EJA (Educação de Jovens e Adultos), a média foi de R$ 649,39.

Ao ponderar o desempenho por idade, quem tem entre 24 e 29 anos ficou na frente: o pagamento para esses foi de R$ 1.161,15.

Em segundo lugar, a faixa etária de 19 a 23 anos, com R$ 1.018,31, seguido por R$ 1.020,15 de quem tem entre 30 e 39 e por R$ 931,26 para os maiores de 50 anos.

Ciências Econômicas, Engenharia e Química estão presentes no ranking dos dez cursos superiores com os melhores resultados desde 2008. Marketing, em 10º lugar em 2018, saiu, dando lugar a Sistemas da Informação.

Outra novidade é Ciência da Computação. Agronomia estava em 4º lugar no último estudo e, agora, desbancou Ciências Atuariais com uma diferença de 4%. Os futuros agrônomos são pagos uma quantia de R$ 1.847,97 ao mês.

Para o tecnólogo, o setor de Banco de Dados permanece no topo, com R$ 1.360,20. Secretariado caiu quatro posições. Gestão Comercial entrou na lista, deixando Produção Audiovisual fora das dez mais.

No médio técnico, Edificações partiu do 4º lugar e foi para o 1º, com uma média de R$ 916,32 mensais. A área de eletro teve queda. Eletromecânica, Eletroeletrônica e Eletrotécnica deram lugar a Marketing, Rede de Computadores e Contabilidade.

Veja a listagem detalhada com os dez cursos mais bem pagos:

Superior: R$ 1.138,28

Agronomia

R$ 1.841,97

Ciências Atuariais

R$ 1.767,28

Ciências Econômicas

R$ 1.649,97

Ciência e Tecnologia

R$ 1.595,16

Engenharia (todas)

R$ 1.414,12

Relações Internacionais

R$ 1.350,39

Química

R$ 1.320,50

Ciência da Computação

R$ 1.272,51

Relações Públicas

R$ 1.269,21

10º

Sistemas de Informação

R$ 1.268,44

Superior Tecnólogo: R$ 1.040,52

Tecnol. Banco de Dados

R$ 1.360,20

Tecnol. Automação Industrial

R$ 1.179,58

Tecnol. Análise e Desenv. Sistemas

R$ 1.167,77

Tecnol. Gestão da Qualidade

R$ 1.164,03

Tecnol. Construção Civil

R$ 1.147,00

Tecnol. Comércio Exterior

R$ 1.126,94

Tecnol. da Informação

R$ 1.099,76

Tecnol. Gestão Comercial

R$ 1.088,39

Tecnol. Redes de Computadores

R$ 1.083,53

10º

Tecnol. Secretariado

R$ 1.052,79

Médio Técnico: R$ 796,61

Técnico em Edificações

R$ 916,32

Técnico em Mecânica

R$ 886,55

Técnico em Segurança do Trabalho

R$ 873,94

Técnico em Automação Industrial

R$ 868,57

Técnico em Mecatrônica

R$ 866,99

Técnico em Química

R$ 825,10

Técnico em Marketing

R$ 837,11

Técnico em Logística

R$ 823,77

Técnico em Redes de Computadores

R$ 818,90

10º

Técnico em Contabilidade

R$ 818,62

Médio: R$ 641,48

Fonte: Seme Arone Junior, presidente do Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios

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