O empresário José Edvaldo Brito, que denunciou suposto esquema de corrupção no Ministério da Educação (MEC), afirmou em entrevista à rádio Jovem Pan, que o ex-ministro da pasta Milton Ribeiro (foto) não tem envolvimento ilícito com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.
“Nem o ministro, nem os funcionários do ministério.”
De acordo com o empresário, ao saber das acusações, o ministro quis tomar providências imediatas e pediu que Brito depusesse à CGU.
Brito afirmou que procurava uma maneira de ajudar municípios do interior de São Paulo na construção de creches e escolas.
Para isso, tentou levar o gabinete itinerante — feito por Milton Ribeiro e funcionários do MEC — para Nova Odessa, cidade a 125 quilômetros de São Paulo.
Pedidos de doação e passagens foram feitos por pastor, diz empresário
Próximo de conseguir levar o gabinete itinerante, o empresário afirmou que o pastor Arilton pediu uma doação para obra missionária. “Se ele fala ‘olha, ou você faz o deposito, ou o ministro não vai’, eu teria me livrado dele. Mas em nenhum momento ele ligou a doação com a vinda a Nova Odessa do [ex]-ministro”, disse Brito.
Posteriormente, no evento do MEC, o empresário do interior paulista disse que Arilton pediu mais R$ 10 mil. Foi nesse momento que Brito afirmou ter rompido com o pastor. Passagens também foram pedidas por Arilton, segundo Brito. “Até jantar ele pediu”, disse.
Depois, Brito pediu um encontro junto ao MEC com o ministro Milton Ribeiro — e foi atendido.