Presidente do BB defende privatização devido a “amarras do setor público”

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, disse em audiência virtual com deputados e senadores que a privatização do banco estatal é necessária frente às mudanças da atividade bancária no mundo e à incapacidade de uma gestão pública se adequar a essas transformações.

“Estamos passando por uma revolução no sistema bancário”, afirmou ele.

Segundo Novaes, essas mudanças exigem uma adaptação do banco, cuja efetividade ele questionou devido às amarras do setor público.

“A minha dúvida é se com as amarras que nós temos no setor público nós vamos ter velocidade de transformação que nos permita uma adaptação a esse novo mundo.”

O Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista, com participação do governo federal em 50% das ações.

Ele afirmou que o banco “concorre com os outros bancos com bolas de chumbo amarradas a seus pés”.

Segundo ele, as decisões demoram muito a ser tomadas porque precisam passar por diversos órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU), o que impede a agilidade.

Além disso, ele disse que a política de pessoal é travada, com necessidade de realização de concursos públicos, dificuldade de demissão de maus funcionários e falta de mecanismos para premiação dos bons empregados.

“Vamos fazer do Banco do Brasil uma corporation, com muitos sócios. Essa gestão, essa administração que está aqui vai ser quase toda aproveitada”, disse. Na visão dele, a privatização não é uma questão ideológica. “Vai ser muito melhor para o Banco do Brasil se ele puder ser privado. O governo ainda vai ter uma participação grande”, disse.

fonte: Flavia Said, Congresso em Foco

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