Pressão popular pode ter provocado virada no STF sobre reeleição no Congresso

De sexta-feira, 4, até domingo, 6, período que o STF analisou a possibilidade de reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado, o Twitter teve 707 mil menções ao tema.

A informação é da consultoria Bites, que indica que a repercussão sobre o assunto na rede foi majoritariamente crítica ao STF, gerando a quinta maior onda de questionamentos à Corte desde maio.

O número de menções indica o número de vezes que palavras relacionadas ao tema apareceram na rede, seja em publicações originais, em retuítes (reproduções feitas por outros usuários), ou em hashtags, por exemplo.

O pico aconteceu no dia 4, quando teve início o julgamento sobre a questão – quase 419 mil tweets mencionaram o assunto no dia.

De acordo com o levantamento da Bites, entre as 100 postagens no Twitter com mais ‘retuítes’, apenas duas eram neutras em relação ao STF, abordando outros temas.

As outras 98 tratavam sobre a questão da reeleição, criticando o tribunal – que, até então, indicava tendência de abrir caminho para que os presidentes das Casas pudessem se reeleger.

Segundo a consultoria, usuários ligados ao presidente Bolsonaro lideraram as críticas e a pressão aos ministros na plataforma.

A pressão, segundo a consultoria, se mostrou ainda entre as hashtags que tiveram mais repercussão, com destaque para #STForganizaçãocriminosa, que apareceu em 99,2 mil tweets.

Os críticos também usaram  #STFvergonhanacional e #STFvergonhamundial (38,1 mil e 23,8 mil tweets, respectivamente).

fonte: Fernanda Boldrin, O Estado de S.Paulo

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