Tribunal quer explicação sobre compra de R$1,1 mi em álcool pelo governo Doria

O Tribunal de Contas de São Paulo deu 15 dias para que o secretário estadual de Saúde, Jean Carlo Gorinchteyn, responda a uma série de questionamentos sobre suspeitas de irregularidades na compra emergencial, sem licitação, de R$1,1 milhão em álcool líquido.

 O conselheiro Antonio Roque Citadini considerou procedente uma representação apresentada pelo Ministério Público de Contas no final de julho para questionar a aquisição por suspeita de sobrepreço estimado em 78% – o que, na prática, dá início a uma investigação na Corte.

Entre os pontos levantados pela Procuradoria, que agora devem ser esclarecidos pela Secretaria de Saúde do governo João Doria (PSDB), estão a diferença do valor unitário pago pelos fracos em relação ao preço cobrado pela empresa contratada em seu site.

Segundo Citadini, causou ‘estranheza’ o fato de a loja virtual ofertar o mesmo produto por valor inferior (R$ 13,99) ao do orçamento (R$ 16,50).

“E, isto, mesmo considerando a quantidade considerável pretendida pela Secretaria, fato que se presumiria conduzir à queda no preço”, diz o conselheiro.

O Ministério Público de Contas alega ainda que investigações preliminares apontaram divergência na cronologia do processo de compra.

Segundo o MP, as empresas teriam ofertado seus orçamentos antes do pedido interno da área e com cotações de álcool em gel – e não o líquido, que foi de fato comprado.

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